Exames de diagnóstico genético: para que servem?

Doenças genéticas são causadas por alterações em cromossomos ou em genes. Os pacientes com suspeita de doença genética são submetidos a exames diagnósticos de citogenética ou de biologia molecular que conseguem identificar alterações no DNA do paciente. 

 

Quando um exame de diagnóstico genético deve ser solicitado?

Um exame de diagnóstico genético é solicitado pelo médico quando há suspeita de que os sinais e sintomas do paciente tem causa genética.  

O médico pode solicitar exames diagnósticos nas seguintes situações:

– Suspeita de síndromes e outras doenças genéticas conhecidas;

– Suspeita de câncer hereditário;

– Quadros clínicos de causa desconhecida e que podem ter origem genética. Exemplo: Deficiência intelectual, atraso de desenvolvimento, Transtorno do Espectro Autista (TEA), malformações congênitas, dismorfismos craniofaciais e baixa estatura.

 

Quais são os principais tipos de exames de diagnósticos genético?

Os exames de diagnóstico podem ser classificados em citogenéticos (cariótipo) e molecular, que diferem quanto ao tamanho da alteração genética que conseguem identificar.

Apenas doenças genéticas que afetam segmentos grandes de cromossomos, como, por exemplo, uma cópia adicional de um cromossomo inteiro, conseguem ser identificadas no cariótipo pois as alterações precisam ser visualizadas em um microscópio óptico.

Já os exames moleculares conseguem diagnosticar doenças genéticas originadas por alteração em único gene ou alterações em vários genes.  

Há inúmeros exames de diagnósticos moleculares disponíveis.  Há exames moleculares que analisam um único gene (MLPA, Sequenciamento Individual, X-Frágil), enquanto outros são capazes de analisar vários genes simultaneamente (painéis para doenças específicas ou grupos de doenças, SNP-array, CGH-array).

O exame de Sequenciamento do Exoma é o mais completo exame diagnóstico em Genética, pois analisa quase todos os 20.000 genes do genoma humano.

O médico responsável pelo paciente deverá escolher qual a melhor opção de exame baseando-se na suspeita clínica, no tipo de alteração genética que causa a doença e o custo-benefício dos exames disponíveis.

É importante que o paciente converse com o médico para entender os benefícios, implicações e limitações do exame que será solicitado.

Principais exames de diagnóstico genético:

 

É necessário que o paciente apresente algum sintoma da doença para que o médico solicite um exame de diagnóstico genético?

Sim, exames de diagnóstico devem ser solicitados para pacientes com algum sinal ou sintoma, mas há exceções. Exames de diagnóstico genético também podem ser solicitados para recém-nascidos assintomáticos com resultados de testes do pezinho positivo

O Teste do Pezinho básico e o ampliado/expandido são testes de triagem que utilizam técnicas não-genéticas (bioquímicas ou de espectrometria de massas) para identificar bebês com risco aumentado de desenvolver doenças tratáveis.

Resultados alterados nesses testes precisam ser seguidos por exames de diagnóstico, por exemplo, exames genéticos, que irão confirmar ou excluir a doença. 

 

Exames diagnósticos precisam de solicitação médica?

Exames diagnósticos só devem ser realizados mediante solicitação médica. Recomenda-se que o médico descreva no pedido do exame a suspeita clínica e o nome do exame e/ou técnica que ele gostaria que fosse realizado. 

Solicitações de exames genéticos complexos como o Exoma devem ser acompanhados também de descrição detalhada do quadro clínico do paciente para que o laboratório responsável possa direcionar a análise para genes de maior relevância clínica.

 

Posso realizar um exame de diagnóstico genético pelo meu convênio?

Sim. A partir de 2014 a cobertura para exames genéticos para diagnóstico de doenças raras e cânceres hereditários passou a ser obrigatória. 

A lista de exames cobertos está disponível no Rol de Procedimentos e Eventos em Saúde da ANS que estabelece a cobertura mínima obrigatória para os beneficiários de planos contratados a partir de 1999.  

 

Quais os possíveis resultados de um exame de diagnóstico?

Um resultado positivo confere um diagnóstico genético. Diante desse resultado o médico confirma a suspeita clínica (síndrome ou doença genética já conhecida) ou esclarece um quadro de causa desconhecida (exemplo: deficiência intelectual). 

É considerado como positivo um resultado que identifica na amostra do paciente uma alteração cromossômica ou genética que causa doença. 

Em exames de SNP-array, CGH-array, sequenciamento completo de gene, painéis e exoma alterações que causam doenças são chamadas de “variantes patogênicas” ou “variantes provavelmente patogênicas”. 

Recomenda-se que resultados positivos em exames de diagnóstico sejam sempre acompanhados de aconselhamento genético para que o paciente e seus familiares possam  ser informados quanto ao risco de repetição da doença na família.

O médico também pode solicitar exames complementares para os pais do paciente para saber se a alteração foi herdada e para outros membros da família para saber se eles também são portadores da mesma alteração.

Um resultado negativo pode não excluir um diagnóstico pois o exame realizado pode não detectar todas as causas genéticas da doença. Por isso, é recomendado que mesmo diante de um resultado negativo, o paciente converse com o médico para entender em detalhes as limitações do exame realizado e se há necessidade de solicitar exames complementares para excluir o diagnóstico. 

Diante de um resultado negativo o médico deve considerar também possíveis causas não-genéticas para a doença. Por exemplo, deficiência intelectual pode ser causada por  infecções pré-natais, uso materno de substâncias tóxicas ou uso abusivo de álcool, diabetes materna e desnutrição grave, entre outras causas não-genéticas.

É possível também que na amostra do paciente seja identificada uma alteração no DNA que ainda não possua informações científicas suficientes para ser classificada como patogênica ou benigna. Esse tipo de alteração, que é chamada de variante de significado incerto não confirma nem descarta um diagnóstico.

O médico pode testar outros membros da família ou solicitar outros exames complementares para ajudar a esclarecer esse tipo de resultado.

 

Os exames diagnósticos são importantes para o tratamento?

Resultados de exames de diagnóstico também tem se tornado também cada vez mais importantes para definição de tratamentos, principalmente para doenças raras e câncer hereditário. Um exemplo são os testes para os genes BRCA1 e BRCA2

Mutações nesses genes conferem um risco elevado para câncer de mama e ovário. Mediante resultados positivos neste exame, a paciente com câncer pode ser submetida a medidas profiláticas redutoras de risco (retirada da mama e/ou ovário), quimioterapia com inibidores de PARP (poli ADP-ribose polimerase) e quimioprevenção.

 

Diagnóstico genético e a Mendelics

A missão da Mendelics é oferecer exames genéticos complexos a preços acessíveis, democratizar o acesso ao diagnóstico genético e divulgar a importância dos exames genéticos entre os médicos, operadoras de saúde e pacientes.

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