Testes de Expansão

Testes de expansão são uma categoria de teste genético que avalia o aumento de sequências repetitivas no genoma humano. Várias doenças genéticas são conhecidamente causadas pelo aumento expressivo de sequências de nucleotídeos repetitivas.

O que são doenças de expansão?

Doenças de expansão são causadas por aumento anormal de repetições de sequências repetitivas no genoma humano. Há mais de 40 doenças nessa categoria, que afetam principalmente o sistema nervoso. A maioria das doenças de expansão estão associadas a repetição de trinucleotídeos (três nucleotídeos), mas há casos de repetições tetra-, penta-, hexa- e até dodeca-nucleotídeos. 

Entre as doenças de expansão estão a distrofia miotônica tipo I (distrofia de Steinert), distrofia miotônica tipo II, esclerose lateral amiotrófica/demência frontotemporal, ataxias espinocerebelares (SCA), síndrome do X-frágil, ataxia de Friedreich e doenças de Huntington.

Doença de Huntington: um exemplo de doença de expansão

A doença de Huntington é exemplo que ajuda a compreender o mecanismo genético de doenças de expansão. A doença de Huntington tem como causa um aumento anormal de repetições de trinucleotídeos CAG no éxon do 1 do gene HTT (Figura 1).  

Para todas as doenças de expansão há uma faixa de tamanho de repetição considerada normal, cujo tamanho varia na população. Em pessoas clinicamente normais o número de repetições CAG no gene HTT varia de 6 a 26. Expansões com mais 35 repetições CAG causam Huntington (conhecido como alelo expandido). 

Existe uma faixa intermediária (27 a 35 repetições CAG) que não causa a doença, porém há risco aumentado para os filhos dos portadores. Isso ocorre devido ao fenômeno chamado de antecipação no qual a expansão pode aumentar nos gametas e a geração seguinte pode herdar um alelo expandido. 

Figura 1: Ilustração representando o éxon 1 do gene HTT, que normalmente possui até 35 repetições do trinucleotídeo CAG. Quando o número de repetições CAG aumenta, a estrutura da proteína é afetada e a pessoa apresentará sintomas relacionados a doenças de Huntington.

 

Como diagnosticar doenças de expansão?

O diagnóstico de doenças de expansão é realizado por meio de testes genéticos específicos para cada doença conhecidos como teste de expansão. A metodologia é baseada na amplificação de DNA por PCR (Reação em Cadeia da Polimerase) da região de interesse seguida por análise por fragmento. Essa estratégia é capaz de detectar o número de repetições de nucleotídeos, mas em alguns casos pode ser solicitado análises complementares com outras técnicas, como por exemplo,  Southern Blotting.

Atualmente não é possível diagnosticar doenças de repetição com técnicas como o MLPA (Multiplex Ligation-dependent Probe Amplification), microarray e NGS (Sequenciamento de Nova Geração), porque a análise de regiões repetitivas do genoma humano é ainda um grande desafio para essas técnicas.

Embora raro, doenças de expansão também podem ser causadas por Variação no Número de Cópias (CNV) ou alterações de sequência nos éxons do gene. Por isso, diante do resultado negativo do teste de expansão e permanência da suspeita clínica, o médico pode solicitar um exame complementar, como por exemplo, um Painel de NGS ou MLPA.

Diagnóstico genético e a Mendelics

A missão da Mendelics é oferecer exames genéticos complexos a preços acessíveis, democratizar o acesso ao diagnóstico genético e divulgar a importância dos exames genéticos entre os médicos, operadoras de saúde e pacientes.

Quer saber mais sobre os exames de diagnóstico genético da Mendelics? Leia nossos artigos sobre cariótipo, MLPA e NGS, outras importantes técnicas.

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